segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Quando os olhos gritam a felicidade...

O dia mais esperado da semana finalmente tinha chegado. Depois de passarem o dia todo juntos, rindo e tomando umas cervejas com alguns amigos, rumaram para a casa dela. E como todos os finais de semana, a mesma rotina. Tomar banho, comer algo, conversar com os familiares dela, assistir à televisão, pegar um travesseiro na sala, deitar na cama de casal, dar uma olhadinha rápida em suas redes sociais, jogar o celular longe e aproveitar o momento mais surreal de uma vida a dois. O encontro das respirações.

Ele sempre a trazia para perto do seu peito e a abraçava forte. Ela sempre suspirava de olhos fechados num momento em que atingia o ápice do conforto. O silêncio. Quando aqueles corpos se entrelaçavam daquela maneira, não havia conversa de vozes. Havia diálogo de almas. Havia o cochicho de dois corações. Havia o enlace das pernas. O beijo das bocas, dos olhos e dos narizes. O toque das mãos aveludadas por toda aquela extensão corporal.
Ali, dava para perceber que o mais lindo dos sentimentos transbordava naqueles seres.

O momento foi interrompido por uma lágrima. E dessa vez não foi dos olhos daquela menina com pose de turrona mas, totalmente entregue àquela paixão avassaladora. As lágrimas vinham dos olhos dele. Do homem grosso e ogro aos olhos da sociedade. Porém, aos olhos dela, um menininho lindo e sensível.
- Ei, quem costuma chorar nesses momentos sou eu. O que foi?
- É só felicidade, meu amor. Lágrimas de quem está muito feliz ao seu lado.

Ela tentou se segurar. Mas a felicidade insistia em escorrer pelos olhos.
Planos, agradecimentos, palavras de carinho. Olhos nos olhos. Pele, nuca, mão cabelo. Boca. Saliva, suor, unhas. Respiração ofegante, gemidos, clímax.Palavras sussurradas ao pé do ouvido. Madrugada.
 Naquela noite, se amaram intensamente...