quinta-feira, 22 de outubro de 2009

As gostosas e os Geeks: o reality que dá show.

Hoje logo pela manhã, resolvi não ir à faculdade por pura preguiça. Acordei cedo, e decidi ligar a TV. Zapeando alguns canais, parei no Multishow, vi a sinopse do programa em exibição que iniciava a pouco.Era um reality show americano no qual dez mulheres absurdamente bonitas, gostosas e fúteis são trancafiadas em uma casa com dez nerds que nunca tiveram nenhum tipo de contato com mulheres daquelas, a não ser que tivesse o sufixo .jpeg no nome.Cada um dos participantes necessitam de um parceiro (a) para formar uma dupla e seguir no jogo. A escolha das duplas é bem inusitada, já que não é pela aparência que decidem e sim pelo que eles têm a falar de si.
Os casais passam por uma série de competições feitas para testar suas capacidades intelectuais e habilidades sociais. No comando está o apresentador Mike Richard, sempre lembrando que tudo isso é apenas uma competição de transformação.
Transformação essa que rende aos ganhadores, nada mais nada menos, que 250 mil dólares.

Num mundo que corpos sarados ditam os padrões da sociedade, os nerds geralmente saem perdendo em diversos quesitos, não só pela sua aparência, mas também pela falta de interação. Já as gostosonas estão no perfeito estereótipo de burras e ignorantes, provando a todos até que ponto a beleza exterior vale a pena.
De princípio confesso que achei uma ideia absurda e ridícula, entretanto, acompanhando o episódio até o final percebi que o programa vai muito além de um simples reality show.
Chega a ser engraçada a relação dentre pessoas tão distintas separadas por um abismo cultural, e em uma breve reflexão do meu âmago percebi que quebrar certos paradigmas é fundamental para conseguir transformar seres tão divergentes.
Vasculhando as temporadas anteriores constatei que por incrível que pareça, o impossível aconteceu.
O casal vencedor da temporada passada se apaixonaram, e engataram um lindo romance.
Enfim, tudo isso prova que qualquer estereótipo e paradigma é capaz de romper-se diante de pessoas dispostas a mudanças, benéficas para ambas as partes.













sexta-feira, 16 de outubro de 2009

falsas expectativas?

Hoje me deu uma súbita vontade de escrever... somente isso.. escrever. Isso aqui não é algo linear, não sei do que vou tratar, ou abordar, vou somente seguindo a linha do meu pensamento, para ver se me acalma. Estou muito confusa, e as palavras têm o dom de me acalmar, talvez seja por isso que as escolhi como profissão.
Às vezes começo a pensar, aliás, é só isso que eu faço da minha vida: penso, penso... Fico intrigada com certas coisas desse mundo, me diz... quem criou o que é certo e errado? Eu simplesmente nasci, e vi o mundo inteiro impondo a vontade DELES sobre o que é correto e bonito, e o que é incorreto e feio. Se você faz as coisas certinhas conforme os trezentos padrões impostos, muito bem, parabéns, você é um aluno nota dez e é mais um no meio da multidão. Porém se você foge um pouco à regra, coitado, recuperação e certamente reprovação.
Bom, quem nos introduz nesse ambiente totalmente regrado são nossos pais, nós nascemos e instantâneamente centenas de planos já são feitos em volta de um pequeno serzinho indefeso.
"Ahhh é um menino que lindo, vai ser um garanhão que nem o pai, seu quarto vai ser azul, vou dar minha coleção de carrinhos pra ele brincar, quando crescer levarei pra ver o jogo do 'timão', e trabalharemos juntos..... bla bla bla"
"Que menininha linda, suas roupinhas rosas já estão no seu quarto cheios de bonecas, será estudiosa, boa moça, bom emprego, casará e nos dará lindos netos... bla bla bla"
Na teoria é SEMPRE assim, creio que pais são programados pra isso, para fazer planos aos seus filhotes. Mas aí os anos passam e vem a prática, que convenhamos, é muito mais difícil.
Quando crianças, conseguimos sim ser o que nossos pais querem que sejamos, entretanto chega um momento de nossas vidas que fica visível a perda de controle dos nossos progenitores. E isso vai causando um certo desconforto entre ambas as partes.
É difícil para nossos pais assumirem que já não há mas nada a fazer, e que seus pequenos filhotes necessitam tomar as rédeas da própria vida. É tão difícil que eles insistem, e persistem incansavelmente até a última tentativa de ver seus filhos vivendo a vida que eles queriam viver, mas isso é totalmente impossível.
Não os culpo.
A geração de nossos pais foi totalmente reprimida, e tudo o que eles queriam pra si ficou guardado, tornando-os adultos frustrados. Sei que tudo o que fazem é somente para o nosso bem, mas será que não são capazes de enxergar que de tanto que querem o bem acabam nos fazendo mal? Acho que não.
Pais NUNCA admitem que nos fazem mal, sempre tem aquela maldita frase clichê " eu só faço isso por amor".
Então tá, me ama mesmo? quer o meu bem? Vamos combinar assim: eu vivo como eu quero, beijo quem eu quero, do modo que eu quero, eu tenho os amigos que quiser e frequento os locais que me der vontade.
Não é melhor assim? Sem dramas.
Como já mencionei a prática é bem mais complicada.
Enfim... vou tomar café.
Meu melhor e maior companheiro!
tchau.